domingo, 29 de abril de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
O leão que pensava ser uma “ovelha”!
Existe uma parábola contada por um monge Hinduísta, sobre um Leão criado por ovelhas.
”Um
filho leão ficou perdido e esfomeado, foi encontrado por uma ovelha que
não tinha filhos, e comovida mas ao mesmo tempo emocionada, ela levou o
leãozinho alimentou-o e cuidou dele, como se de um filho se tratasse.
Com
o tempo o leão começou a alimentar-se de erva e a portar-se como ovelha
até se tornar um Leão grande e forte. O Leãozinho, brincava com as
outras ovelhas jovens, sendo muitas vezes alvo da troça delas, por ser
muito diferente.
Sempre
que o Leãozinho era alvo de troça, ia ter com a sua “mãe ovelha” e
desabafava com ela, e ela dizia-lhe que apesar de ele ser diferente,
tinha muitas características em que ele era diferente, mas que isso não
fazia dele um ser inferior, e que tinha muitas outras qualidades
superiores às outras jovens ovelhas.
Certo
dia, um outro leão aproximou-se as ovelhas tentando caçar algumas.
Alarmadas elas correram para se abrigar, o mesmo faz o leão que estava
com elas. Não acreditando no que via, o Leão caçador aproximou-se e
disse:
-“Por que foges tu de mim e te juntas às ovelhas, sendo um leão?”
- “Eu não sou leão, sou ovelha e por favor, não nos faças mal”, respondeu ele.
- “O Quê? Tu uma ovelha? Estás enganado, tu és um leão. Um caçador igual a mim”.
- “Não, sou uma ovelha. Sempre vivi assim”.
-
“Não aguento mais, tu és um leão, o rei dos animais, portanto, porta-te
como tal”. De seguida levou-o para uma margem do rio, próximo de onde
estavam. – “Olha a tua imagem tu és um leão igual a mim”. A tremer, o
leão viu a semelhança entre ambos e isto deixou-o confuso. Não sabia
quem era. E vendo as ovelhas correu e foi juntar-se a elas.
Enquanto
brincavam, um lobo aproximou- se das ovelhas, encurralando-as, quase
todas conseguiram fugir, mas houve uma que ficou mesmo encurralada junto
às rochas: a “Mãe do Leãozinho”, desesperada a ovelha berregava sem parar, até que os seus gritos chegaram aos ouvidos do leão medroso.
Este
ao ver à distância o perigo eminente da sua “mãe” , transformou-se e
ganhou forças, soltou um rugido de leão apavorante, que ecoou por toda
a savana. Assustado e sem saber do que se tratava, o lobo fugiu a
correr, e a “mãe ovelha”, ficou a salvo”
O
leão finalmente assumiu a sua verdadeira identidade. Viveu por algum
tempo como ovelha, mas seu coração era de leão, e isso fez ressurgir a
sua verdadeira natureza. “
Todos nós somos leões por natureza, mas vivemos com medo da vida e dos desafios que ela nos coloca todos os dias.
Deves
retirar desta história, que deves deixar de te comportar como “ovelha”,
assume a tua verdadeira natureza de “leão”, ganha confiança, e atua
como um verdadeiro vencedor corajoso.
A
tua força está no teu interior, e é capaz de ultrapassar os maiores
obstáculos, não te deixes chegar a uma situação de desespero absoluto,
como no caso do leão, para fazer emergir de dentro de ti essa força e
capacidade que tens dentro de ti.
+
Tem um dia fantástico. Diverte-te!
http://www.forcadevendas.pt/gestao/motivacao/item/493-o-le%C3%A3o-que-pensava-ser-uma-%E2%80%9Covelha%E2%80%9D
sábado, 14 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Guarda as pedras do teu caminho
: |
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado
algumas vezes,
Mas não esqueço de que minha vida
É a maior empresa do mundo…
E que posso evitar que ela vá à
falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena
viver
Apesar de todos os desafios, incompreensões e
períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e
Se tornar um autor da própria
história…
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar
Um oásis no recôndito da sua alma…
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da
vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios
sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “Não”!!!
É ter segurança para receber uma
crítica,
Mesmo que injusta…
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um
castelo…
|
domingo, 8 de abril de 2012
sábado, 7 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Ponto negro
Certo dia, um professor
chegou na sala de aula e disse aos alunos para
se prepararem para uma prova-relâmpago.
Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.
O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume.
Depois que todos receberam, pediu que virassem a folha.
Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha.
O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:
- Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.
Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa.
Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta.
Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.
Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar:
- Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco.
Todos centralizaram suas atenções no ponto negro.
Assim acontece em nossas vidas.
Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros.
A vida é um presente da natureza dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado.
Temos motivos para comemorar sempre!
A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro!
O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo.
Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente.
Pense nisso!
Tire os olhos dos pontos negros de sua vida.
Tranquilize-se e seja ... FELIZ!"
Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.
O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume.
Depois que todos receberam, pediu que virassem a folha.
Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha.
O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:
- Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.
Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa.
Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta.
Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.
Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar:
- Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco.
Todos centralizaram suas atenções no ponto negro.
Assim acontece em nossas vidas.
Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros.
A vida é um presente da natureza dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado.
Temos motivos para comemorar sempre!
A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro!
O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo.
Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente.
Pense nisso!
Tire os olhos dos pontos negros de sua vida.
Tranquilize-se e seja ... FELIZ!"
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Mia Couto: Murar o medo
O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes
de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer monstros,
fantasmas e demónios.
Os anjos, quando chegaram, já era para me
guardarem, servindo como agentes da segurança privada das almas. Nem
sempre os que me protegiam sabiam da diferença entre sentimento e
realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando me ensinavam a recear os
desconhecidos.
Na realidade, a maior parte da violência contra as
crianças sempre foi praticada não por estranhos, mas por parentes e
conhecidos.
Os fantasmas que serviam na minha infância reproduziam esse
velho engano de que estamos mais seguros em ambientes que reconhecemos.
Os meus anjos da guarda tinham a ingenuidade de acreditar que eu estaria
mais protegido apenas por não me aventurar para além da fronteira da
minha língua, da minha cultura, do meu território.
O medo foi, afinal, o mestre que mais me fez desaprender.
Quando
deixei a minha casa natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de
viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte vislumbravam-se mais
muros do que estradas. Nessa altura, algo me sugeria o seguinte: que há
neste mundo mais medo de coisas más do que coisas más propriamente
ditas.
No Moçambique colonial em que nasci e cresci, a narrativa do medo
tinha um invejável casting internacional: os chineses que comiam
crianças, os chamados terroristas que lutavam pela independência do
país, e um ateu barbudo com um nome alemão. Esses fantasmas tiveram o
fim de todos os fantasmas: morreram quando morreu o medo. Os chineses
abriram restaurantes junto à nossa porta, os ditos terroristas são
governantes respeitáveis e Karl Marx, o ateu barbudo, é um simpático avô
que não deixou descendência.
O preço dessa construção [narrativa] de terror foi, no entanto,
trágico para o continente africano. Em nome da luta contra o comunismo
cometeram-se as mais indizíveis barbaridades. Em nome da segurança
mundial foram colocados e conservados no Poder alguns dos ditadores mais
sanguinários de que há memória. A mais grave herança dessa longa
intervenção externa é a facilidade com que as elites africanas continuam
a culpar os outros pelos seus próprios fracassos.
A Guerra-Fria esfriou mas o maniqueísmo que a sustinha não desarmou,
inventando rapidamente outras geografias do medo, a Oriente e a
Ocidente. E porque se trata de novas entidades demoníacas não bastam os
seculares meios de governação… Precisamos de intervenção com
legitimidade divina… O que era ideologia passou a ser crença, o que era
política tornou-se religião, o que era religião passou a ser estratégia
de poder.
Para fabricar armas é preciso fabricar inimigos. Para produzir
inimigos é imperioso sustentar fantasmas. A manutenção desse alvoroço
requer um dispendioso aparato e um batalhão de especialistas que, em
segredo, tomam decisões em nosso nome.
Eis o que nos dizem: para
superarmos as ameaças domésticas precisamos de mais polícia, mais
prisões, mais segurança privada e menos privacidade. Para enfrentar as
ameaças globais precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos e a
suspensão temporária da nossa cidadania. Todos sabemos que o caminho
verdadeiro tem que ser outro. Todos sabemos que esse outro caminho
começaria pelo desejo de conhecermos melhor esses que, de um e do outro
lado, aprendemos a chamar de “eles”.
Aos adversários políticos e militares, juntam-se agora o clima, a
demografia e as epidemias. O sentimento que se criou é o seguinte: a
realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade é
imprevisível. Vivemos – como cidadãos e como espécie – em permanente
situação de emergência. Como em qualquer estado de sítio, as liberdades
individuais devem ser contidas, a privacidade pode ser invadida e a
racionalidade deve ser suspensa.
Todas estas restrições servem para que não sejam feitas perguntas
[incomodas] como, por exemplo, estas: porque motivo a crise financeira
não atingiu a indústria de armamento? Porque motivo se gastou, apenas o
ano passado, um trilião e meio de dólares com armamento militar? Porque
razão os que hoje tentam proteger os civis na Líbia são exatamente os
que mais armas venderam ao regime do coronel Kadaffi? Porque motivo se
realizam mais seminários sobre segurança do que sobre justiça?
Se queremos resolver (e não apenas discutir) a segurança mundial –
teremos que enfrentar ameaças bem reais e urgentes. Há uma arma de
destruição massiva que está sendo usada todos os dias, em todo o mundo,
sem que sejam precisos pretextos de guerra. Essa arma chama-se fome.
Em
pleno século 21, um em cada seis seres humanos passa fome. O custo para
superar a fome mundial seria uma fracção muito pequena do que se gasta
em armamento. A fome será, sem dúvida, a maior causa de insegurança do
nosso tempo.
Mencionarei ainda outra silenciada violência: em todo o mundo, uma em
cada três mulheres foi ou será vítima de violência física ou sexual
durante o seu tempo de vida… A verdade é que… pesa uma condenação
antecipada pelo simples facto de serem mulheres.
A nossa indignação, porém, é bem menor que o medo. Sem darmos conta,
fomos convertidos em soldados de um exército sem nome, e como militares
sem farda deixamos de questionar. Deixamos de fazer perguntas e de
discutir razões. As questões de ética são esquecidas porque está provada
a barbaridade dos outros. E porque estamos em guerra, não temos que
fazer prova de coerência nem de ética nem de legalidade.
É sintomático que a única construção humana que pode ser vista do
espaço seja uma muralha. A chamada Grande Muralha foi erguida para
proteger a China das guerras e das invasões. A Muralha não evitou
conflitos nem parou os invasores. Possivelmente, morreram mais chineses
construindo a Muralha do que vítimas das invasões do Norte. Diz-se que
alguns dos trabalhadores que morreram foram emparedados na sua própria
construção. Esses corpos convertidos em muro e pedra são uma metáfora de
quanto o medo nos pode aprisionar.
Há muros que separam nações, há muros que dividem pobres e ricos. Mas
não há hoje no mundo muro que separe os que têm medo dos que não têm
medo. Sob as mesmas nuvens cinzentas vivemos todos nós, do sul e do
norte, do ocidente e do oriente… Citarei Eduardo Galeano acerca disso
que é o medo global:
“Os que trabalham têm medo de perder o trabalho. Os que não trabalham
têm medo de nunca encontrar trabalho. Quem não têm medo da fome, têm
medo da comida. Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo
da falta de armas, as armas têm medo da falta de guerras.”
E, se calhar, acrescento agora eu, há quem tenha medo que o medo acabe.
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